sábado, 21 de outubro de 2017

"INCLUSÃO SEM LAUDO"

               Com respeito ao que diz na Nota Técnica nº 04/2014, que não se faz necessário um laudo médico para que a criança tenha direito ao atendimento com o AEE é algo que realmente é algo que me inquieta por várias razões. Já tive alunos laudados que eram atendidos pelo AEE, com o conhecimento e apoio da família, cujos casos sempre foram tratados com seriedade e eficácia para os alunos.

               Mas também já tive casos de alunos sem laudos, que demonstraram, sempre, no dia a dia, em sala de aula e nos demais espaços escolares, que necessitavam de atendimento, mas que foram encaminhadas ao SOE da escola e as famílias quando foram chamadas, simplesmente não aceitaram o fato de que seus filhos necessitavam de ajuda e desta forma não eram atendidos no AEE da escola, pois não tinham a aceitação das famílias. Isto é preocupante,, pois a cada ano que passa a criança continua demonstrando suas dificuldades e quando saírem da educação infantil e ingressarem  no ensino fundamental, continuarão tendo problemas e seu rendimento escolar não será satisfatório.

               A minha escola recebe muitas inclusões, sendo elas com os mais diversos diagnósticos e todas foram bem aceitas pelas professoras e os alunos com laudos sempre receberam atendimento da profissional do AEE na escola, por outro lado as crianças sem laudos não são atendidas pois a profissional da Sala de Recursos não realiza o atendimento sem o consentimento e concordância da família, caso a família aceite o acompanhamento, aí sim a criança é atendida sem o laudo.

              Sabemos que a Lei existe mas o difícil é o cumprimento da mesma, pois conforme a Nota Técnica nº 04/2014: A inclusão de pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação em escolas comuns de ensino regular ampara-se na Constituição Federal/88 que define em seu artigo 205 "a educação como direito de todos, dever do Estado e da família, com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho", garantindo, no art. 208 o direito ao "atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência”. Ainda em seu artigo 209, a Constituição Federal estabelece que: “O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condições: I-cumprimento das normas gerais da educação nacional; II-autorização e avaliação de qualidade pelo Poder Público".


Referência: Nota Técnica04/2014/MEC/SECADI/DPEE.


”.

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

PRECONCEITO E DISCRIMINAÇÃO RACIAL


                                   PRECONCEITO E DISCRIMINAÇÃO RACIAL 
                Esta disciplina encantou-me pois o assunto em questão é algo importante e instigante, tema gerador de muitas discussões, polêmicas e relatos interessantíssimos, emocionantes e necessários para que possamos a cada dia mais estarmos, como profissionais da educação que somos, trabalhando arduamente com o intuito de mudarmos os pensamentos das crianças, as quais, são induzidas, através das suas famílias e do meio em que vivem a agirem de maneira preconceituosa e assim crescerem agindo de maneira a fazerem distinção de raça, credo e  também classe social.

          No Fórum Permanente da interdisciplina foram feitas diversas postagens de ideias e  literaturas das mais diversas faixas etárias, tornou-se um espaço rico de trocas de experiências e materiais para serem usados em nossas salas de aula, em nossas práticas.

        Além dos materiais que foram publicados no Fórum Permanente, os materiais que nos foram disponibilizados no moodle foram de ótima qualidade e um conteúdo importante para nosso aprendizado e trocas sobre o tema abordado.
               Lendo o Estatuto da Igualdade Racial, na sua 4ª edição, de 2015, não entendo e acho inadmissível que um material bem feito como este, não seja cumprido em sua integralidade que é composto de tantas Leis e Decretos  e na realidade do nosso dia a dia, nos deparamos com tantas situações de preconceito e racismo.

                Abaixo relacionei as Leis e Decretos os quais fazem parte do Estatuto da Igualdade Racial:

LEI Nº 7.347, DE 24 DE JULHO DE 1985, LEI Nº 7.716, DE 5 DE JANEIRO DE 1989, LEI Nº 9.029, DE 13 DE ABRIL DE 1995, LEI Nº 10.678, DE 23 DE MAIO DE 2003, LEI Nº 12.990, DE 9 DE JUNHO DE 2014, DECRETO Nº 4.885, DE 20 DE NOVEMBRO DE 2003,
DECRETO Nº 4.886, DE 20 DE NOVEMBRO DE 2003, DECRETO Nº 6.872, DE 4 DE JUNHO DE 2009, DECRETO Nº 7.261, DE 12 DE AGOSTO DE 2010, DECRETO DE 16 DE ABRIL DE 2013, DECRETO Nº 8.136, DE 5 DE NOVEMBRO DE 2013 e LISTA DE OUTRAS NORMAS E INFORMAÇÕES DE INTERESSE.
               
Referência:
Estatuto da Igualdade Racial, 4ª Edição, Câmara dos Deputados, Série Legislação, Brasília 2015.


                


sexta-feira, 13 de outubro de 2017

ANALISANDO

ANALISANDO


Analise as frases abaixo, tentando identificar as concepções pedagógicas, psicológicas e epistemológicas que elas revelam:

 1. Professor Ensino Médio: “[A inteligência] nasce com o homem, eu acho. Ela pode ser desenvolvida, mas ela não pode ser, digamos, adquirida. [...]. Acho que ela nasce, uns com mais, outros com menos; ela pode ser desenvolvida, mas acho que ela já vem, acho que a gente já vem com isso”. (BECKER, F. Epistemologia do professor de matemática. Ed. Vozes)
R: Identifico como sendo um modelo de epistemologia apriorista, porque o homem já detém o saber, é uma pedagogia não diretiva e parte de uma concepção psicológica onde o estímulo não influencia o aluno, ou seja, R→E

 2. Professora de quarta série do ensino fundamental: “Eu acho que são todos esses estímulos, isso que o professor faz, de mostrar as coisas [...]. Porque, por exemplo, se tu nunca sentiu o cheiro de uma maçã tu não vai conseguir ter dentro de ti a noção do cheiro da maçã, então alguém vai ter que mostrar para ti ou fazer tu sentir o cheirinho da maçã, aí é que tu vai ter isso construído [sic] dentro de ti. Então, eu acho que é isso que nós fazemos; nós mais ou menos mostramos a “maçã”, digamos, assim”. (BECKER, F. Epistemologia do professor de matemática. Ed. Vozes)
R: Identifico este como sendo um modelo de epistemologia empirista, ou seja, o estímulo que influencia na resposta, sendo assim é o modelo de uma pedagogia diretiva, e numa visão psicológica identifico como sendo necessário haver estímulo para que ocorra uma resposta, logo, R←E

 3 Professor de Ensino Fundamental e Médio: “O professor é transmissor de conhecimento. [...] mas o conhecimento, a experiência, isso não se transmite [...]. Para a escola se tornar realmente um lugar onde se aprenda matemática, tem que passar por uma grande reformulação que vai desde proporcionar as experiências básicas fundamentais... o aluno tem que ter aquele momento da vida dele para vivenciar isso, a escola teria que ser um ambiente de experimentação, praticamente um laboratório o tempo todo.” (BECKER, F. Epistemologia do professor de matemática. Ed. Vozes)
R: Pedagogia Relacional, em que a construção do conhecimento ocorre de maneira construtivista, ou seja, aluno e professor constroem uma relação mútua no processo de aprendizagem. Psicologicamente é R←→E

 4. Professora de Ensino Fundamental: “Quando tu abraças uma árvore, tens a noção perfeita do que será futuramente um cilindro, aquele tronco, [noção] do que seja uma circunferência; [...] a árvore serrada te dá o contorno de uma esfera... Creio que a criança pode ter muita facilidade para a matemática quando ela tem experiências desse tipo”. (BECKER, F. Epistemologia do professor de matemática. Ed. Vozes)
R: Construtivista, ou seja, aluno e professor constroem uma relação mútua no processo de aprendizagem. Psicologicamente é R←→E

5. “Isso aí [conhecimento matemático] tem um pouco de tudo, é uma arte, é principalmente talento da pessoa de [...] conectar um fato com outro e descobrir: ‘Bah, mas esses dois somados dão essa consequência aqui’. [...] isso é muito difícil ensinar. Poucas pessoas realmente conseguem. A minha opinião sobre isso, é que tu consegues ensinar se a pessoa tem talento. [...] E querer formar muitos matemáticos de boa qualidade, simplesmente achando que a questão é ensinar para muitas pessoas matemática, não é uma boa política realmente não dá, não adianta muito.” (BECKER, F. Epistemologia do professor de matemática. Ed. Vozes)

R: É uma pedagogia não diretiva, em que observo claramente na frase, quando a mesma expressa a necessidade de o aluno já ter previamente uma aptidão, em que o apriorismo se identifica no modelo epistemológico. Em psicologia identifico como sendo R→E

Referência:

Becker, Fernando.
      Educação e construção do conhecimento/Fernando Becker.-2.ed.-Porto          Alegre:Penso,2012 - 200p.;23cm.




sexta-feira, 6 de outubro de 2017

"SOBRE O TEMPO"

             Na aula presencial da disciplina de Escola, Cultura e Sociedade a professora explanou sobre diversos assuntos, mas o que me chamou mais atenção foi sobre o "tempo".
           
             Percebe-se que com o passar dos anos o tempo está a passar com maior rapidez e as pessoas parecem estar correndo sobre o tempo, tentando de várias formas resolverem seus problemas, ansiosas para solucionarem os mesmos.

            Esta correria contra o tempo, nos leva a presenciar muitas pessoas com dificuldades familiares e interpessoais, pois o estresse é um fator determinante desta vida agitada que o mundo atual nos apresenta.

            Necessitamos ir com mais calma, conviver em família, organizar melhor o tempo para estarmos com quem amamos e termos momentos de lazer e prazer! Precisamos achar "tempo" para termos uma melhor qualidade de vida!!

             Como fazer isto?????